
E mais uma vez, a minha velha amiga deu o ar da graça. Ela é engraçada, some, me abandona sem ao menos dizer adeus e quando quer, nos mais importunos momentos, ela retorna. Quando ela chega, mesmo que sorrateira e silenciosa, eu sinto de longe. Melhor dizendo, sinto de perto, de bem pertinho. Me aperta o peito, me sufoca, faz-me perder o ar. Fico tonta, enjoada e quase desmaio, quase desfaleço. Me sinto fraca, sou frágil, não suporto e sinto palpitações. Sim, sou fraca. Sinto dores, dores estranhas, sensações estranhas, como se algo me apertasse e não quisesse mais largar. Quando me sinto bem, quando tudo está ótimo, ela surge desta forma arrebatadora. E o pior, eu não sei o motivo pelo qual você me visita. Para deixar claro, eu não gosto de ti, amiga da onça. Você se apropria de mim como se fosse alguém importante, me faz achar que estou morrendo, chego a pensar em infarto, isso não bonito. E não é por emoção, é por angustia e não entendo porque tanta angustia, afinal eu estou ótima. Mas você sempre arranja um jeito de estragar as coisas, quando eu menos espero você surje, sem ao menos ter sido convidada. Me faz ouvir, que posso ter síndrome do pânico ou depressão. Me faz tomar soluções intravenosas, me faz ter tonturas, anseios, letargias. Eu não gosto disso, quero deixar claro. Não estou e não sou doente. OK? Não cairei mais em suas armadilhas de falsas emoções, as minhas emoções sinceras eu conheço bem. Eu só peço uma coisa, vá e não volte. Vá da mesma forma que chegaste, sem motivo algum. Eu só te digo adeus,ansiedade.
(relato de uma ansiosa diagnóticada :D)
(relato de uma ansiosa diagnóticada :D)
daia m.
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