''...Acho que o amor
verdadeiro é um pouco piegas, sim. E quando ele acontece a gente percebe
que a realidade é bem melhor que o sonho. Que o dia a dia é importante
para aprender a respeitar o espaço do outro, para definir o seu espaço,
para entender que uma relação precisa de ar e limites. Que a confusão
pode terminar em uma risada gostosa. E que a discórdia sempre nos ensina
alguma coisa.
A vida a dois dá trabalho, exige
sacrifício, paciência, doação e mais uma série de coisas. Mas é muito
bom ir sabendo pra onde voltar. Sempre achei que todo mundo pode ser
feliz e viver em paz sozinho, sim. Mas é muito melhor viver acompanhado,
ter para quem cozinhar, ter com quem viajar, ter para quem contar como
foi o dia, ter para quem ligar quando alguma coisa muito boa ou muito
ruim acontece, ter com quem fazer coisas pequenas, como ir até a feira,
jogar carta, ler um trecho bonito de um livro, assistir um filme ou
comprar flores para enfeitar a casa. Agora você vai me dizer que isso
tudo dá para fazer com aquele amigo de fé ou com algum parente.
Concordo, mas certas lacunas os amigos e a família não preenchem: todo
mundo precisa de um pouco de amor.''
— Clarissa Corrêa.
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