
Sabe, quando você não mais quer procurar por um amor, e de repente o encontra, assim como quem nada quer, com aquela história inacreditável de quem sempre esteve perto, mas você nunca o viu. E quando o encontra só você e ele sabem desse amor, não é pequena? Eis que você está, enfrenta qualquer sufoco, mas o acompanha e o guarda, e guarda tanto a ponto dele caber numa sacola. Qualquer saída uma aventura. Mas daí, por um acaso da vida, você prevê e se engana. Deixa as coisas serem o que são. Tudo posto em seu lugar. Numa moldura clara e simples tudo é aquilo que se vê, de fato. Mas o tempo vai passando, os dias nascem e morrem, o vento vai dizendo de forma lenta tudo o que virá, e vocês não sabem mais rir um do outro, com o esforço que você lembra daquele último romance, daquele samba a dois, um par... vem a vontade de esquecer e o que te resta meu bem, é chorar. Mas existe o momento morena, em que estás serena, em paz com Deus. Mas volta à mente a vontade de estar juntinho, o peso de viver só e a vontade de ter todo o amor do mundo novamente. E nessa fase, você sente o quão triste é viver de solidão. E você finge ser alguém do bem. Mas cansa de procurar o pouco que sobrou, era tudo tão melhor, não é? Mas tudo deu um nó e a vida se perdeu. E você pede a Deus que mande a cavalaria, por que a fé meu amigo, te abandonou. Quanta besteira a gente faz nesses momentos de solidão, por saber que é bom demais, mas a gente acostuma. Mas a saudade atormenta, pega pesado com as lembranças e judia, e eu vivo tão sozinha dela, saudade. A despedida foi dada, do lado de dentro a lembrança do castelo desenhado pra nós dois, só lembrança. Ai doce solidão, tira esse azedume do meu peito, e com respeito trate a minha dor, por que se hoje sofro tanto, tens no meu pranto a certeza de um amor. Mas a preta, pretinha deixa com o vento, mais uma vez, com o tempo. Você deixa estar, promete não mudar, ficar sã mesmo que seja só, encontra Deus novamente e lhe tem fé no aval. É de lágrima sim, mas você tenta evaporar com essa história, com esse amor. Antes dois em um, hoje, aponta pra fé e rema. E você se torna o além do que se vê, existe muito mais de você escondido, o sorrisos nem sempre são um sinal de bem-estar, mas você os mantêm. Enfim, pois é, deixa assim como está, sereno? Mas é de Deus tudo aquilo que não pode se ver, E ao amanhã, a gente não diz, e o coração? Teima em bater. Pois é, até onde o destino não previu. Sem mais, atrás vou até onde conseguir.
DM. - Texto baseado em algumas músicas dos Los Hermanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário