Ai minhas primaveras, vinte e uma completas. Com toda certeza do mundo, essa idade nunca será esquecida. Meus vinte e um anos tem trazido muitas responsabilidades, aquelas mais importantes para alguém, aquelas onde o compromisso é única e exclusivamente com você. Autoconhecimento, novas fases, desconhecimento também, aprendizados e aprendizados. Andei lendo tudo que escrevi por aqui, como mudei, como eu ri de algumas coisas que aqui estavam. Mas tudo tem sua explicação, muitas coisas ainda não haviam acontecido em minha vida, muitas coisas não tinham o real valor. Hoje, tenho opiniões e experiências com o que antes era inexistente. Tenho passado por poucas e boas, em pensar que logo ali, com vinte anos, as coisas foram mais leves, mas só em pensar que esse momento foi apenas um bônus em minha vida, causa uma certa ''inaceitação''. Sou bem nova, admito, isso é fato, mas no meu caso a idade não diz nada, absolutamente nada. Tenho cara de 15 com a mente de 50. Não por ser arcaica, ou algo do tipo, longe disso, mas não nasci na época correta, não é possível. Um dia desses minha mãe me perguntou: ''Quem é a mãe nessa relação?'', e isso me espantou, talvez eu esteja me tornando algo que eu sempre tinha em mente, mas que pelo bônus dos vinte, eu tinha deixado para trás, de verdade. Mas, talvez, eu tenha uma certa sina a cumprir. Esses vinte e um tem sido o inicio de muita coisa, isso eu já imaginava, mas tem sido uma prova de resistência em alguns aspectos. Aprendi muito com os vinte, mas esses vinte e um, nossa! Sem dramas e cenas. Sei que a vida cobra, e cobra sério, sei que encarar é a palavra chave, mas tem coisas que é só você e Deus. É só você e você, e Deus te colocando no colo. Sou grata por tudo que aconteceu comigo até hoje, serei grata daqui uns anos por tudo que acontece agora, e assim o ciclo será. Vou aprender muito, enfrentar muitas provas de resistência, lutarei muito com os meus limites, brigarei muito com o espelho. Só espero que com vinte e dois eu não tenha modificado o meu melhor, não tenha guardado na gaveta do esquecimento momentos que me tornaram um alguém belíssimo, por dentro e por fora. Por hoje, o tempo tem sido nublado por aqui, sei que é uma fase, mas convenhamos, toda fase deixa suas marcas. E isso digo por mim, por ninguém além de mim. Mas como disse, esses vinte e um, é inicio, é largada, e espero que essas pedras não me façam tropeçar logo agora, que eu bambeie mas não caia e olhe pra trás sorrindo por ter chegado. Por ter vencido a mim mesma e conseguido ser melhor. Ai, 21.
''E só delirava ao querer acordar com "21"
E agora que aprendi a brincar e sentir
Não é mais tempo.''
Sinto como se a música tivesse sido feita para mim, delirei tanto com os 21, imaginei tanto, de tantas formas, e de fato, essa etapa tem sido apenas minha, independente de qualquer coisa, tem sido uma relação minha, comigo, apenas eu. Tudo ao meu redor vai bem, inclusive quando estou. Mas o meu eu e eu estão se relacionando como nunca antes, e hoje, depois do bônus dos 20, onde aprendi a brincar e sentir vejo que essa fase não existe mais, não é mais tempo. Hoje, seriedade, amor próprio, bem-estar, minha companhia. Bom momento, não deixa de ser. Rumo ao desconhecido, vou.
DM.
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