Se ...

Nunca vi pesar tanto, nunca vi perturbar tanto o pensamento, nunca vi algo que não foi, ser e fincar seus ‘’pés’’. Se formos contar todas as vezes que nos pegamos pensando, que nos pegamos em outro mundo; naquele mundo que nunca fomos naquele mundo em que nunca vivemos. No mundo dos outros caminhos, das outras estradas, da outra vida. Enquanto vivermos estaremos sempre escolhendo, optando, seguindo o rumo que melhor for. Escolheremos ir ou não ir, escolheremos entre o certo e o errado, entre ser ou não ser, e eis a questão. Qual será a minha escolha, qual será a minha renúncia? Já se perguntou? Uma vez ouvi falar, que as coisas que não vivemos, pesa tanto quanto a vida que levamos agora, ou até mais, isso pelo fato de não termos tido o ‘’gostinho’’ daquele ‘’se’’, ficamos nos perguntando: E se eu tivesse permanecido? Ah! Se eu tivesse ficado seria diferente, mas diferente como? E se eu tivesse agido? Não, foi melhor assim! Será? Bom mesmo, seria se pudéssemos ver como seriam os dois lados da moeda, se pudéssemos ver como sairíamos nas duas escolhas, em qual dos dois ‘’se... ’’ nos encaixaríamos melhor. Mas assim seria tudo muito fácil, e tudo que vem fácil, infelizmente se vai da mesma forma. Não podemos ter tudo que queremos na vida, e isso qualquer ser humano consciente sabe, não podemos manipular nossas escolhas e muito menos o rumo que tais seguirão se assim é nos resta pensar, nos resta à maturidade de sabermos usar o nosso livre-arbítrio, independente das conseqüências, independente do certo ter acompanhantes bruscos, se é o nosso melhor, porque não vivê-lo? Não temos a certeza imediata do resultado de nossas escolhas, a única certeza que temos, é que nos pegaremos pensando no ‘’se’’, de como teria sido se... , de ‘’se’’ em ‘’se’’ podemos acabar deixando de viver o nosso ‘’foi’’, o nosso agora, a nossa realidade, imaginar é muito bom, mas deixar aquilo que não aconteceu viver por nós, é utopia demais. O que importa é o agora, afinal o nosso agora poderia ter sido um ‘’se’’, mas ele de fato acontece, o que passou, simplesmente passou e era assim que tinha que ser e sem mais. O se... Se foi!

daia m.