sábado, junho 15

Foi preciso entender a emoção...

Dando uma lida nos textos de outrora, encontrei algo que me fez rir, novamente; me fez ver o quanto certos acontecimentos nos acrescenta algo. Creio que ultimamente escrevi muito sobre isso. Então, digamos, que esse pequeno devaneio será um flash-back. Olha o achado...

''E o bom, é que nada do que ficou para trás me faz falta. Sei lá, minha personalidade cheia de razões me faz ser assim, não que eu seja um ‘iceberg’, mas as decisões da minha vida, quem toma é minha mente, o coração é traiçoeiro, não dou essa credibilidade a ele. Enfins, não vim dizer o que aconteceu ou o que acontecerá, só quis vir colocar meu estado de espírito para fora. Vim ler o que minha mente pensa. Ver o quanto temos de deixar de lado, deixar para trás, para evoluirmos. Em como devemos levar as coisas a sério, nos levarmos a sério, viver a sério. A vida é uma só e isso em assusta, de verdade. Porém, eu não lamento por nada, não me aflijo com o que fora deixado para trás, não me desespero e nem espero que tudo volte, passou, as coisas passam e isso não significa que tenha sido ruim. As pessoas precisaram parar de dar significados ruins às palavras que remetam términos e similaridades. Sinceramente, eu acho. De todo mal há de haver algo bom, e se tudo que tinha de passar, de fato, passou, eu agradeço e que em minha vida, muitas outras coisas passem. A vida é isso, um conjunto de passados, não acha? Como diz a melodia: ''Eu deixo a porta aberta, eu não moro mais em mim.''
Ops passou.''

Estranho ler isso, estranho ter sido tomada por algumas emoções e ver que esse ''eu'' possue certas nostalgias, mas nostalgias tão intensas que vez ou outra, me paralisam. Concordo com o meu ''eu'' de anos atrás. Certas coisas passam e não devemos lamentar por isso, não lembro ao certo o motivo pelo qual escrevi esse texto, não me recordo. Mas, ao ler esse desabafo, o meu ''eu'' me dera um conselho. Foi bom me achar por aqui, me achar ''racional''. Ver como eu via as coisas, ver como minha razão tomava conta. Eu não entendia as emoções, sempre que ela aparecia ou se intrometia em algum assunto, eu a exclua sem dar chances, minha razão era soberana, mas, bastou um único acontecimento para que eu entendesse como é agir com o coração, esse mesmo que rotulei de traiçoeiro, e que de fato, é. Gosto do meu eu racional, mas ele é assim, frio, geladinho, pura(mente) razão. Ao ler o texto acima, me peguei do lado oposto, no lado dos que lamentam pelo não ocorrido, lamentam pela perda, pelo que passou. Dando péssimos significados à certos términos. E ri demais, ao ver que estava, naquele momento, me dando um conselho. Voltei do passado, apenas, para me dar uma bronca. E com certeza de todo mal há de haver algo bom, se passou, tinha de passar. Ponto! É assim, é simples. Eu só não sabia que algumas coisas, deixam marcas antes de partir, eu até sábia, mas dava a isso o nome de lembranças, memórias... marcas permanecem, mesmo que o momento tenha ido, ela está ali, te lembrando a cada momento o momento acabado. A vida é sim, um conjunto de passados, mas não é só isso. Não mesmo, hoje sei que não. Hoje sei, a potência de um sentimento, de uma emoção, o que ele causa. Não mudaria muito o meu ''eu'' de outrora, mas diria a ele: ''Olha, não mantenha sua razão, como verdade absoluta, alguns passados irão te modificar, alguns passageiros, permanecerão! Entenderás....''
Não saí do futuro para me dizer isso, tive que passar por isso e entender. E aprender! Ter voltado do passado e ter visto o meu ''eu'', foi de ajuda, foi preciso, estou sendo assim, com mais doçura. Ser apenas razão não tem lógica, afinal, as coisas feitas pelo coração não tem razão. E vale a pena, mesmo que passe e as marcas fiquem, você aprende a extensão do seu ser, você se permitiu, sem medo; entende o quão enorme é o seu emocional. Para mim, foi preciso entender as emoções e aí sim, dizer, ''sou racional''. 

DM.

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