De repente.

Você ali, sentada, de olhos fechados. Você ali, pensativa, ansiosa, apreensiva, preocupada, segura e insegura, uma pluralidade singular, quase sendo duas pessoas.
Cheia de sensações, sintomas, vontades, anseios... perguntando a si mesma, qual o rumo que a estrada seguirá, qual seu ponto de chegada. Você ali, parecendo criança dengosa que só quer o colo da mãe, o beijo do papai e abraço do vovô.
Novos rumos, novas pessoas, novas lições. Tudo bem, quase tudo novo, você não irá deixar tudo que conquistou, e tudo que se tornou por causa do novo, ele te acrescenta e fará parte do todo. Você ali, com sede de quero mais, de ir atrás, de ser você e de não ser. De querer respostas e ter medo também. De enxergar o quanto o tempo passou, e ver que você passou com ele. Mas tudo se modifica, tudo evolui, tudo avança, assim como você também, pois é. Tudo novo de novo, até alguns clichês, como esse. Você ali, caminhando, agindo, seguindo... segura e insegura, lembra? Mas você quer ir, quer descobrir o que te espera, e isso te motiva, independente dos ''meios'', você quer chegar, de fato, ao fim. E isso, de repente, te faz esquecer da ordem dos fatores e só pensar no resultado.

Daiane Magalhães.