domingo, março 17

É tempo!

Com o passar do dito cujo tempo, de fato, vamos nos transformando, retransformando, destranformando.
Vamos nos conhecendo, quer dizer, vamos conhecendo tudo isso que nos ocorre ao passar do tempo e daí, quem sabe, acabamos conhecendo um pouco de nós. Isso que não tem nome, não tem explicação; se eu soubesse que esse ''isso'' era tão potente, era tão decisivo... eu me mantinha no passado, mas naquele passado onde tudo era cor-de-rosa, onde o presente não atingia. Não que as mudanças da vida me entristeçam, ou acabem com minha vida, não é isso, não tenho mais idade para drama, nem um amor. Mas é que a vida nos dá novos valores, no mínimo os acrescenta. E com certeza esses acréscimos são tão valiosos que causam nós, nós de nó, não nós de união, de junção, entende? As coisas mais decisivas ocorrem no silêncio da solidão, é quando tudo pesa demais ou de menos, é quando você se dá conta de que fatores do passado, que antes não eram nada, hoje possuem importância extrema, por mais que não existam em nossa realidade, mas fariam alguma diferença, e talvez seja esse o problema, começar a sentir a importância de algumas coisas que você nunca terá, mas que fazem falta. Talvez nem seja esse o problema, o problema talvez seja sentir, é verdade, tudo começa quando se sente. Quando você sente que teve e se foi, que não era mas que hoje é, que ser adulto é uma questão de sabedoria por 25 horas ao dia. E o caso aqui não é perder para dar valor, não estou falando disso, mas sim de coisas que passam a ter ''valor'' com o passar do amado tempo. Mas não lamento, não quero que o tempo retroceda, quero que ele passe e passe com calma, passe me mostrando o que ''isso'' significa.

DM.

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