domingo, junho 30


Essa minha sensibilidade, essa minha intensidade, esse meu jeito de ser, viver e querer as coisas, tem me causado danos, estranhezas que nem eu sei como apagar. Minha visão de coruja, meu coração vivo, minha alma inocente, minha mania ou teimosia em prever as coisas, em me apegar às mesmas, sei lá, a verdade é que ainda não acostumei a roupagem que o tempo tem me dado, as roupas que me vestem são estranhas, são grandes demais, meu corpo é pequeno, fico desajeitada, não consigo andar. Me pego olhando ao espelho com cara de ''quem é você?'', e sempre, me pego pensando no que acho certo e no que acho que irá ocorrer, meio descrente do que tenho tido, vivido e gostado até, mas com o pensamento permanente do ''adeus''. Não sei, mas estou com um dos nós na garganta, o rosto meio quente, os olhos grandes e assustados. Não, sei, mas isso não irá acabar bem, no fim, pra mim.

DM.

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