quinta-feira, junho 27



“Não se trata de deixar de amar, nem de amar menos, mas de amar outra coisa, e melhor: o mundo em vez de si, os vivos em vez dos mortos, o que sucedeu em vez do futuro que não comparece… É a única salvação; tudo o mais nos fecha na angústia ou no horror. Pois tudo é eterno, sem dúvida (aquele ser que já não existe, e tudo o que vivemos juntos: eternamente isso continuará verdadeiro); mas nada é definitivo senão a morte. Por isso cumpre amar em pura perda, sempre, e essa puríssima perda do amor é o próprio luto e a única vitória. Querer guardar já é perder (…)”

— Bom dia, Angústia - André Comte-Sponville.

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